21/12/2017

2017 - balanço em desenhos

2017 foi o ano, desde que me tornei um urbansketcher, em que desenhei menos. Ainda assim sinto que está totalmente intacto tudo o que me move no desenho, e sei que esta aparente diminuição não é um problema, mas uma mera circunstância. Bom ano de 2018 para todos!

2017 was the year, since I became an urbansketcher, the one I drew less. Despite that, everything that moves me from a drawing point of view, is totally intact, and I know that this apparent lack of production is not a problem, but a mere circumstance. Happy New Year for all!


Janeiro - no dia em que a minha sogra fez 60 anos.

Fevereiro - no dia de aniversário do meu filho Vasco.

Março - no dia da oficina do Nuno Saraiva (que hoje lançou o livro do "Falo barato")

Abril - durante o Festival Latitudes em Óbidos.

Maio - no dia do aniversário do meu afilhado João Pedro.

Junho - desenhar o regicídio, a minha oficina do "10 years 10 classes"

Julho - Simpósio de Urban Sketchers, a melhor semana do ano em Chicago.

Agosto - o primeiro dia de férias em casa dos meus pais.

Setembro - Jornadas do Património, desenho no Museu do Traje.

Outubro - Ginjinha sem rival, o meu desenho para as lojas tradicionais de Lisboa.

Novembro - duelo com a Rita Catita, no dia em que se celebravam 10 anos de Urbansketchers.

Dezembro - o meu amigo Sílvio Menendez que veio viver para Lisboa.


10/12/2017

Renato II

Faz depois de amanhã um mês que o meu amigo Renato está internado. Lembro-me bem de como estava no dia em que entrou e como está hoje. Está melhor e ainda bem, mas não sei quando o visitarei fora daquele lugar. Levo-lhe chocolates, queques de laranja, chá de menta, frutos secos, um ou outro livro e cigarros. No outro dia levei-lhe um pequeno rádio a pilhas para que possa ouvir (a sua) música, os olhos brilharam de emoção e contentamento.  No meio da adversidade e do momento difícil que atravessa, tem mantido intactas as características que me fazem gostar dele - ajuda os outros, não suporta ver quem passa dificuldades e tem um coração bom. 

Neste Sábado meio chuvoso e frio voltei a desenhá-lo. Levei-lhe os chocolates que me pediu e pilhas para o rádio. Levei também de presente um pequeno bolo rei para o João, que de pronto partilhou comigo e com o Renato. Fui desenhando e escutando as conversas. Por entre coisas vagas e tantas vezes sem sentido, disse algo que não resisti a escrever, e que se aplica a cada um de nós nesta jornada mágica a que chamamos vida. 

"A mim só me interessa saber uma coisa da minha memória e do meu passado (...) que é saber se eu fiz coisas boas e não coisas más."

The day after tomorrow turn a month that my friend Renato is hospitalized. I remember well how he was the day he came in and how he is today. It's better and I´m happy with that, but I do not know when I'll visit him out of that place. I bring him chocolates, orange muffins, mint tea, dried fruit, a couple of books and cigarettes. The other day I gave him a pocket radio so he could hear (his) music, his eyes sparkled with emotion and excitement. In the midst of adversity and the difficult of the moment he is going through, he has kept intact the characteristics that make me like him. He help others, can not stand still watching others with difficulties and has a good heart.

On this rainy and cold Saturday, I drew him again. I bring the chocolates he asked for and batteries for the radio. I also brought a small cake to João, which he shared with me and Renato. I was drawing and listening the conversations. Among things vague and so often meaningless, I said something I did not resist writing, that applies to each of us in this magical journey that is called life.

"I just want to know something about my memory and about my past ... which is to know if I have done good things and not bad things."


06/12/2017

Alcobaça

Cada vez me custa mais começar um novo desenho...
It's getting harder for me to start a new drawing ...



25/11/2017

Renato

- De todas as vezes que aqui te vier visitar vou trazer este caderno, até que um dia me deixes desenhar.
- E porque me queres desenhar?
- Porque gosto de registar no meu caderno as pessoas de quem mais gosto.
- Não quero que me desenhes neste lugar, nem com este pijama.
- Mas eu posso-te desenhar só a ti, sem desenhar o lugar. E posso trocar esse pijama por uma t-shirt preta dos Iron Maiden. Tu é que decides.
- Outro dia, pode ser que outro dia te deixe desenhar.
(...)

- Dentro desta mochila trago os chocolates que me pediste, e trago novamente o caderno, a ver se hoje me deixas desenhar-te.
- Por acaso gostava que me desenhasses, mas no quarto não, podemos ir para a sala?
(...)

O Renato é meu amigo à 32 anos. E mesmo perante vidas tão diferentes e distantes, continua a ser um dos meus melhores amigos. Para ele eu também sou, e infelizmente um dos poucos. Está a viver talvez um dos momentos mais difíceis da sua vida, mas não o mais difícil. Até aposto que coisas ruins e muito difíceis que já lhe aconteceram na vida foram piores que esta, e às quais, com dificuldade, resistiu. Acredito que cada um de nós nasce com um número de coisas boas, e também coisas ruins, destinadas a acontecer durante a  vida. Por enorme infortúnio acho que lhe calharam as coisas ruins que estavam destinados a outros, por troca das boas que deveriam ser suas por direito.

Vou voltar a levar o caderno de todas as outras vezes que te for visitar, gostava tanto que nesse lugar não fosse mais nenhuma...

- In all the times that I come here to visit you, I'll bring this sketchbook, until one day you let me draw.
- And why do you want to draw me?
- Because I like to register in my sketchbook the people that I like the most.
- I do not want you to draw me in this place, and not in this pajama.
- But I can draw you  without drawing the place. And I can change those pajama to a black Iron Maiden t-shirt. You decide.
- Another day, maybe I'll let you draw me.
(...)

- In this bag I bring the chocolates you asked for, and I bring the sketchbook again, to see if you let me draw you today.
- I think I might like if you  draw me, but not in the bedroom, can we go to the living room?
(...)

Renato is my friend since 1985. And even with such different and distant lives, he remains one of my best friends. For him I am also, and unfortunately one of the few. He is living perhaps one of the most difficult times in his life, but not the most difficult. I even bet that bad and very difficult things that have happened to him in his life were worse than this, and to which, with difficulty, he resisted. I believe that each of us is born with a number of good things, and also bad things, destined to happen during life. Out of great misfortune, I think that he got the bad things destined for others, replaced for the good things that should have belonged to him by right.

I'm going to take the sketchbook back every time I visit you, I liked it so much that in this place never more...




19/11/2017

Concurso para logótipo Simpósio Porto 2018

Data limite para apresentação das propostas é 30 de Novembro. Não percam a oportunidade de participar e ganhar um workshop pass para o evento do ano.

Mais informações AQUI:




15/11/2017

International Symposium Porto 2018 - Call for Programming

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Estão abertas as candidaturas para workshops e apresentações Skit Sketch, para o Simpósio do Porto.
Não percam a oportunidade!

Para mais informações clicar neste LINK

The 9th Urban Sketchers Symposium is in Porto, on July 18-21, 2018. We are seeking proposals for Workshops, Demonstrations, and Skit Sketch by Friday, December 15, 2017 (11:59 p.m. GMT). Selected proposals will be announced in January. 
More information in this LINK

12/11/2017

10 anos de Urban Sketchers

O meu desenho para celebrar 10 anos de Urban Sketchers. A Rita Catita em versão psicopata...
My drawing to celebrate 10 years of Urban Sketchers. Rita Catita in a psico version...


10/11/2017

Rio Grande

Esta quarta feira fui almoçar com o João Catarino e o Sílvio Menendez, ao restaurante Rio Grande na Rua Cor de Rosa. Comemos todos iscas à portuguesa e bebemos vinho tinto. Conversa e companhia da boa!

This Wednesday I went to lunch with João Catarino and Sílvio Menendez, at Rio Grande restaurant on Rua Cor de Rosa. We all ate Pork liver and drank red wine. Good conversation and friends!



03/11/2017

Sílvio Menendez

Eu e o Sílvio fizemos um duelo depois de jantar. Antes, durante e depois virámos quase metade de uma garrafa CR&F. | Sílvio and I did a duel after dinner. Before, during and after we take almost half of a CR&F bottle.


28/10/2017

Restaurante Águas Livres

Depois da extraordinária oficina do URUMO, fomos almoçar ao restaurante Águas Livres.
After the great URUMO workshop, we had lunch at Águas Livres restaurant.


19/10/2017

HFM

A inspiradora conversa da Helena Monteiro no Convento do Carmo, e a prova provada, e contada na primeira pessoa, de que nunca é tarde para começar!

Helena Monteiro's inspiring lecture at Convento do Carmo, and the proved proof that it's never too late to start!


11/10/2017

Almoço

Já é um lugar comum, almoçar na Tasca do Papagaio depois das oficinas da Casa Atelier Vieira da Silva. 
It is already a common place, to have lunch at Tasca do Papagaio after the Casa Atelier Vieira da Silva workshops.


10/10/2017

Arco da Rua das Amoreiras

Desenho numa folha solta, para oferecer de presente, Ando um mãos largas...
Drawing done on a loose piece of paper, to offer as a gift.  I´m so generous...


08/10/2017

Nossa Senhora do Monte

Miradouro de Nossa Senhora do Monte, Lisboa.
Um desenho ligeiramente enviesado daquilo que entendo como a minha normalidade. 
1. Foi feito da parte da manhã - altura em que não gosto de desenhar; 
2. Feito num caderno de folhas mais grossas e maior que aquele que utilizo há quase 5 anos.
3. Feito nas folhas do meio com a cosedura, para depois arrancar. 
4. Uma super-panorâmica, contam-se pelos dedos de uma só mão as que já fiz até hoje.

Um sofrimento auto-inflingido a propósito de um merecido presente à muito prometido, e que tardava em ser cumprido. 

Nossa Senhora do Monte viewpoint, Lisbon.
A slightly skewed drawing of what I understand as my normality.
1. It was done in the morning - when I do not like to draw;
2. Made in a sketchbook with thicker sheets and bigger than the one I used for almost 5 years.
3. Made in the middle sheets with the stitching, to rip it up.
4. A super-panoramic perspective, only five fingers in one hand are enough to count the ones I have done until today.

A self-inflicted suffering condition about a gift long time ago promised, and that was incredibly delayed.


05/10/2017

Segundas Feiras | Mondays

Quem me conhece sabe que detesto segundas feiras.
Por razões de trabalho, fui a uma rua que tão boas memórias me traz, a Rua do Benformoso. Foi aos clientes e às suas lojas de revenda dessa rua que comecei a ir com o meu pai quando tinha 12 anos, pouco depois de ter começado a trabalhar por conta própria. Iniciou um negócio familiar no dia 1 de Junho de 1987, no mesmo dia em que fazia 44 anos,  que haveria de mudar a vida dele, a da minha mãe, a minha e a dos meus irmãos, e que dura até hoje.

E foi precisamente numa dessas detestáveis segundas-feiras que fui completamente apanhado de surpresa. Não se conseguem explicar as sensações e emoções que senti no regresso àquela rua, tão diferente do que me lembro dela há 30 anos, talvez sem toxicodependentes e prostitutas, mas com a mesma movida e energia de outrora.
E foi naquela rua da Mouraria, que me deixa tantas boas memórias e me voltou a emocionar, que voltei a sentir um cada vez mais raro friozinho na barriga…
*

Those who know me, know that I hate Mondays.
For work reasons, I went to a street that brings such good memories to me, Rua do Benformoso. It was to the clients and their resale shops on that street that I started going with my dad when I was 12, shortly after he started working on his own. He started a family business on June 1st, 1987, the same day when he was celebrating his 44th anniversary, which would change his life, my mother´s, mine and my brother´s, until today.
And it was precisely on one of those miserable Mondays that I was completely taken by surprise. I cannot explain the feelings and emotions I felt being in that street, again, so different from what I remember of it 30 years ago, maybe without drug addicts and prostitutes, but with the same movement and energy from the past.
And it was on that Mouraria street, that brings me so many good memories and emotions, that I felt again that increasingly rare cold in the belly ...
*
Desenho feito no dia 5 de Outubro, às 10 da manhã | Drawing done in the 5th of October, at 10am

03/10/2017

Urumo

Já seguia os desenhos do Urumo há mais de três anos, siderado pela forma como desenhava e escrevia de uma forma tão poética. Nunca o tinha conhecido pessoalmente. 
Ainda não eram oito da manhã e já estava no aeroporto à sua espera, como não o saberia reconhecer, escrevi num papel "Urumo", o pseudónimo do Alfredo Ugarte. Com esta folha presa nas mãos, encostado à barra de ferro, também eu parecia um agente de turismo, à espera de gente carregada de malas. Mal saberia eu que também o Urumo faria a sua estreia em Lisboa.

Virou aquela esquina e leu o seu nome, sorridente. Saímos dali e fomos directos ao Jardim das Amoreiras, deixar as suas coisas. Tomámos pequeno almoço no Rato, e imediatamente pedi para ver os seus cadernos. Enquanto os folheava, de olhos a brilhar, perguntei-lhe, curioso, porque tinha esse nome "Urumo". Disse-me que era um nome que tinha surgido de um sonho, há muitos anos atrás. E dali percebi que os seus desenhos tinham tanto de real como imaginário. Que surpresa!

No Sábado seguinte orientou uma oficina de desenho incrível, sempre focado em cada um, procurando dar atenção individual a um grupo de quase 30 pessoas. A seguir ao almoço falou dos seus desenhos, do seu percurso e da sua vida, num momento que emocionou todos os que o escutavam. No final, a mesma humildade com que se apresentou transformou-se em energia, positiva, aposto que todos o sentiram como eu.

Ainda nesse Sábado fomos jantar ao Cais do Sodré, eu cansado, ele exausto, mas de certeza contente por aquele dia. O desenho foi tirado a ferros, que não me apetecia desenhar. Ganhou a regra que tento seguir tantas vezes: existem pessoas que tenho mesmo que roubar para o meu caderno...

Obrigado Urumo, quando voltas a Lisboa?

I had been following Urumo drawings  for more than three years, fascinated by the way he draw and wrote in such a poetic way. I had never met him in person.
It was not yet eight in the morning and I was already at the airport waiting for him, as because I had no idea about his face, I wrote Alfredo Ugarte pseudonym "Urumo". With this paper in my hands, leaning against the iron bar, I also looked like a tourist agent, waiting for people loaded with suitcases. I should hardly have known that Urumo would do his debut in Lisbon.

He turned that corner and read his name, smiling. We left and went to Jardim das Amoreiras, to leave his things. We had breakfast at Rato, and immediately asked to see his sketchbooks. As I leafed through them, my eyes sparkling, I asked him curiously, the reason why he had that name "Urumo." He told me it was a name that come from a dream, many years ago. And from there I realized that his drawings were both real and imaginary. What a surprise!

The following Saturday he oriented an incredible workshop, always focused on each one, seeking to give individual attention to a group of almost 30 people. After lunch he talked about his drawings, his route and his life, in a moment that touch all those who listened to him. In the end, the same humbleness with which he introduced himself turned into energy, positive, I bet everyone felt the same as me.

Still on this Saturday we went to dinner at Cais do Sodré, I was tired, he was exhausted, but certainly happy for that day. Starting that drawing was difficult, I was not in the mood to draw. The rule that I try to follow so many times won: there are people that I have to steal for my sketchbook ...

Thank you, Urumo, when are coming back  to Lisbon?



Alfa-pendular


21/09/2017

Susana

Antes de irmos de férias, ainda tinha as pernas branquinhas...
Before we went on vacation, she still had white legs ...


20/09/2017

Quarenta e dois dias

Quarenta e dois dias!
É este o número da vergonha entre o meu último post e este desenho, que tenho a certeza nunca aconteceu em quase seis anos de blog.
Reparo agora que não coloquei sequer aqui nenhum desenho ou estória de Chicago. 
Hoje também não me apetece, que quero antes partilhar este par de desenhos, supostamente feito no meu primeiro dia de férias...

Forty-two days!
This is the shame number between my last post and this drawing, which I am sure never happened in almost six years of the blog.
I notice now that I have not even posted any drawings or stories from Chicago.
Today I will not start that, I rather prefer to share this pair of drawings, supposedly made on my first day of vacations...



09/08/2017

O meu amigo Sílvio

Conheci o Sílvio Menendez na última noite do Simpósio de Paraty. Os desenhos que o comprovam podem ser vistos AQUI
Existem momentos que sabemos vão mudar o percurso das nossas vidas para sempre, e ainda sem saber, esse serão de Sábado, que terminou no bar Gamboa a beber cachaça e a dançar forró, haveria de ser um desses momentos. No ano seguinte veio a Lisboa, pela primeira vez, e escusado será dizer que ficou rendido aos encantos da cidade e das pessoas. No ano seguinte veio novamente a Lisboa, celebrar o seu aniversário com os seus amigos de São Francisco. Disse-me que então no próximo ano regressaria para viver permanentemente em Lisboa. E veio!

I met Silvio Menendez on the last night of the Paraty Symposium. The drawings that comprove that can be seen HERE.
There are moments that we know will change the course of our lives forever, and yet without knowing, this Saturday night, which ended at the Gamboa bar drinking cachaça and dancing forró, was one of those moments. The next year he came to Lisbon for the first time, he was surrendered by the city and the people. The following year he came again to Lisbon, to celebrate his birthday  with his friends from San Francisco. He told me that next year he would come back to live permanently in Lisbon. And he came!


05/08/2017

Chicago - a aventura estava prestes a começar

Eu, o José Louro e o João Catarino encontrámo-nos no aeroporto cerca das dez da manhã de segunda feira, o voo era ao meio dia e quinze. Como levava umas pequenas garrafinhas de vinho do Porto, para fazermos um brinde quando fosse feito o anúncio do Simpósio no Porto em 2018, que pensei que teria que despachar no porão, decidimos ir mais cedo. No check-in da United disseram-nos que se separássemos as vinte garrafas entre todos, não haveria problema e podíamos levar nas mochilas, misturadas por entre os cadernos. Problema resolvido!
Fomos em lugares separados, e eu fui o único a desenhar neste primeiro dia. Achei que seria um bom prenúncio para Chicago, e que viria de lá cheio de muitos e bons desenhos, capazes de fazer corar de inveja um daqueles dois monstros que iam comigo. Mais tarde veio a revelar-se um puro e total engano. Sobrevoando o imenso oceano atlântico pensei que a aventura estava prestes a começar...

José Louro, João Catarino and myself met at the airport around ten in the morning on Monday the 24th, the flight was at noon and fifteen. As I was carrying some small bottles of Port wine to make a toast when the announcement of the Porto 2018 Symposium was announced, which I thought I would have to send in the plane basement, we decided to go earlier. We were told at United Airlines check that if we separated the twenty bottles among the three of us, there would be no problem and we could carry them in the backpacks, mixed between the sketchbooks. Problem solved!
We went in separate seats, and I was the only one that draw on this first day. I thought that would be a good presage for Chicago, and that it would come from there with lots of great drawings, capable of making those two monsters traveling with me completely jealous. Later I realized that I was completely wrong. Flying over the immense Atlantic Ocean I thought the adventure was about to begin ...


23/07/2017

Auto retrato

Um desenho feito no dia em que fiz 42 anos, com uma aldrabice tatuada... próxima paragem: CHICAGO!
A drawing done in the same day I turn 42, with a fake tattoo... next stop: CHICAGO!


17/07/2017

Amor maior

Amor maior. 
Este título até estava bem para o desenho que fiz da minha mãe, estendida no seu cadeirão neste Sábado depois do jantar. Mas não, é o título de uma novela da SIC, com uns actores meio fraquinhos a fazerem o que podem pela ficção nacional. Não resisti e escrever a conversa pouco sentida daquele par de jovens namorados... 

Greater love.
This title was appropriate for the drawing I did of my mother, stretched out in her highchair this Saturday after dinner. But no, it's the title of a soap opera in the portuguese televisoon, with some weird actors doing what they can for the national fiction. I did not resist and write the conversation of that pair of young boyfriends...


13/07/2017

Getting ready for Chicago - Part II

Sé de Lisboa, num Domingo à tarde com muito calor. Desenho treino para o meu segundo exercício do workshop em Chicago, desenhar escondido, afastado (o possível) das pessoas.

Lisbon cathedral, in very hot Sunday. Training for my second Chicago workshop exercise, drawing hided from people (if possible).


10/07/2017

Getting ready for Chicago - part I

Igreja da Madalena em Lisboa.
Desenho feito de memória, após 15 minutos de observação atenta e escrita descritiva. Vai ser assim o primeiro exercício do meu workshop em Chicago. Mal posso esperar!

Madalena Church in Lisbon.
Drawing done by memory, after 15 minutes of observation and creative writing. This is going to be my workshop first exercice in Chicago. Cant wait!


08/07/2017

Old friends and wine

O Marco e o Leopoldo são meus amigos há mais de 20 anos. 
Conhecemo-nos quando vim estudar arquitectura para Lisboa, e foram eles, e tantas vezes as suas famílias, que me apoiaram na minha integração na cidade, tão grande em comparação com o lugar pequeno de onde vinha. Ainda hoje tenho enorme gratidão e amizade por eles, apesar de inevitavelmente nos termos afastado, depois da vida começar a correr mais depressa. 
Passado todo este tempo, e numa altura em que o desenho é algo tão importante na minha vida, recordo-me que eles eram os melhores desenhadores de entre todos, e talvez por isso, inconscientemente, nos tenhamos ligado tanto. Tenho a certeza disso.
Passados todos estes anos somos talvez um pouco menos arquitectos, mas muito mais de outras coisas. Apesar disso, mantemos a mesma vontade e dedicação de fazer muito bem aquilo a que nos propomos fazer. O Leopoldo é chefe de cozinha, o Marco enólogo (sem papel passado, mas de muita categoria), e eu uma espécie viajante do quotidiano que gosta de desenhar estórias dos lugares e das pessoas de que mais gosto.

Estes desenhos foram feitos na passada 4ª feira, no café Garret, o lugar onde ainda se podem provar as especialidades do Leopoldo, prestes a mudarem de poiso. Uma hora e pouco, e alguns copos de vinho, separam estes desenhos, e isso também se nota no traço mais solto e divertido, e na expressão facial das personagens. Existem alguns desenhos que me emocionam, como estes dois...

Marco and Leopoldo have been my friends for over 20 years.
We met when I came to Lisbon, to study architecture, and were them, and so often their families, who supported me in my integration in this great city compared to the small place from which I came. Even today I have tremendous gratitude and friendship for them, although we inevitably are away , after our lifes began to run faster.
After all these years, and in a moment in my life were drawing is so important, I remember that they were the best sketchers among all, and perhaps that was the reason why, unconsciously, we have become so connected. I'm sure of that.
After all these years we are perhaps a little less architects, but much more of other things. In spite of this, we maintain the same will and dedication to do very well what we intend to do. Leopoldo is a chef, Marco a oenologist (with no diploma but with a lot of class), and I am a daily traveler who likes to draw stories of the places and people I love the most.

These drawings were made last Wednesday at the Café Garrett, the place where you can still taste the specialties of Leopoldo, about to change location. An hour and a half, and a few glasses of wine, separate these drawings, and that difference can also be seen in the more loose and funny lines, and the facial expression of the characters. There are some drawings that thrill me, like these two ...